Por: Pr. David Marroque Teixeira
Irmãos, irmãs
e amigos, graça misericórdia e paz vos sejam multiplicadas. Temos refletido sobre a questão doutrinária da vigência do apostolado em nossos dias e cada vez
me convenço que o problema está exatamente no desvio completo da orientação
divina sobre o assunto. Os nossos líderes, ou não estão em dia com a leitura do
livro ou perderam o rumo quanto a veracidade das escrituras. Não há como ser um
leitor atento das páginas do santo livro e ignorar o que nos é dito a respeito
do equilíbrio doutrinário sobre a vigência do apostolado. Na palavra de hoje,
quero chamar a sua atenção para o fato de que o próprio Jesus é considerado
pelas escrituras como apóstolo conforme lemos textualmente: “Por isso, irmãos
santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo
e sumo sacerdote da nossa confissão, Hebreus 3:1.” Talvez aqui queiramos fazer
alguma justificativa daquelas que não têm explicação a respeito de Jesus ser
chamado apóstolo, mas não temos nenhuma restrição ao outro ofício de Jesus como
sumo sacerdote, ou seja, adotamos como sumo sacerdote, mas como apóstolo somos
tentados a correr para o original. Mas a escritura é muito clara na sua
afirmação, devemos considerar a Jesus como “apóstolo e sumo sacerdote da nossa
confissão” deixando-nos cientes de que Jesus como apóstolo antecedeu os doze, e
elegeu muitos outros depois dos doze, e pelo seu Espírito continua elegendo
apóstolos até o dia de hoje conforme lemos o que está escrito em Atos 13:01-03:
E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com
Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o
Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Que o Senhor continuou colocando apóstolos em sua Igreja até não temos a menor
dúvida, a partir da leitura dos seguintes textos: E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar
profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas 1 Coríntios 12:28. E ele mesmo deu
uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a
obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Efésios 4:11-12. Se não
bastasse, a escritura faz referencia a outros apóstolos além dos doze em tempos
bem depois da existência dos doze. Observemos estes textos: Mas os judeus
incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e
levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus
termos. Atos 13:50, Sacudindo, porém, contra eles o pó dos seus pés, partiram
para Icônio Atos 13:51. E dividiu-se a multidão da cidade; e uns eram pelos
judeus, e outros pelos apóstolos. Atos 14:4. Clara e evidentemente a bíblia
está falando de Paulo e Barnabé que não faziam parte dos doze. Já neste
versículo lemos: Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as
suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, Atos 14:14. Aqui
temos mais dois apóstolos que não faziam parte dos doze.Enquanto isto, neste
próximo texto temos mais dois que também não faziam parte dos doze. Leiamos:
Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros na prisão, os
quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo.
Romanos 16:7. Não há como acreditar que a vigência apostólica seja uma questão
do passado. Irmãos, irmãs e amigos, graça misericórdia e paz vos sejam
multiplicadas.
Fonte: Blog da Igreja de Cristo em Apodi